sábado, 17 de agosto de 2013
E assim nasceu a Revista Alzira
Convido todos a conhecerem
São tessituras literárias (escrita pelo dramaturgo, ator e poeta Rudinei Borges) e fotográficas (por mim) que resultam de memórias/narrativas de escritores e artistas cênicos compõem o mosaico de trajetos propostos pela Revista Alzira.
http://alzirarevista.wordpress.com/
=.)
sexta-feira, 26 de julho de 2013
Projeto: Minha nada interessante vida: Prelúdio da minha vida de eremita no campo
Um post simples assim como a minha vida.
Numa vida de eremita no campo não pode faltar três itens: fotografia, filosofia e vinho.
=.)
quinta-feira, 25 de julho de 2013
Projeto: Minha nada interessante vida - Por onde eu ando
Estou vivendo um momento eremita. Converso com muitas poucas pessoas e geralmente via chat. E tenho passado muito tempo sozinha.
Longe de reclamar disso, mas sim de aproveitar o que esta suposta solidão me alimenta e contribui para o meu desenvolvimento.
Geralmente fotografo sozinha. Não que eu não goste de companhia ou que eu me ache melhor que qualquer um, mas quando se está sozinha você consegue conectar melhor o seu exato momento. Consegue também ouvir melhor teu interior.
Ouvir seu interior não é o mesmo que passar tempo remoendo o passado. Não é viver isolado porque se acha melhor que todo mundo e não é ficar alimentando ressentimento e planejando sua vingança contra tudo e todos.
Ouvir seu interior é encontrar a paz. Compreender processos repetitivos da alma para que estes não mais se repitam. Criar sua nova realidade, estudar, ler. É sentir e observar o ambiente com uma atenção especial e principalmente ouvir a tua alma.
Há uma amiga que saio para fotografar junta, mas isso s´é possível porque temos, mesmo juntas, momentos em que fotografamos sozinhas também. Compreendemos o processo e há um enorme respeito uma pela outra.
O processo criativo é intransferível e pessoal e por isso cada um deve viver teu e sozinha descobrir seu caminho. Ninguém caminha por você. Só você pode realmente viver a tua vida.
Neste meu momento eremita caminho muito pelas ruas e por estas ruas e lugares me conecto e fotografo.
Espero que gostem
Projeto: Minha nada interessante vida: Destinos difíceis aos quais me identifico.
Muitos dizem que fotografar moradores de rua ou pessoas aos quais estão sofrendo não é arte. Outros dizem que é exploração da miséria humana, enfim, muitos dizem muitas coisas.
Eu fotografo moradores de ruas de que alguma forma interpretam algo que tenho dentro de mim.
Nós fotografamos o que nos move e bem como diz Sebastião Salgado fotografamos com tudo que temos dentro de nós.
Não acredito que eu queira de alguma forma explorar a miséria humana. Primeiramente porque todos temos nossa parcela de miserabilidade dentro de nós.
Quando comecei a fotografar eu vivia em um momento muito delicado. Havia me separado a algum tempo. Não morava com as minhas filhas ( até então ainda não moro). Trabalhava em um emprego que pagava-se muito, mas muito pouco. Havia voltado a morar com a minha mãe ( Diga-se de passagem que mesmo com ela me aceitando o preço e a cobrança emocional para a minha alma e paz foi muito alto) e estava completamente perdida em relação a como sair de toda esta situação. Em suma eu era uma moradora de rua na alma. Havia uma completa identificação com estas pessoas aos quais não tem ninguém e nada na vida.
Com o tempo minha vida foi caminhando e através de muito trabalho foi (está) mudando. Conheci neste meio tempo um processo terapêutico chamado constelação familiar aos qual me ensinou a sentir a alma das pessoas bem como ver o mundo também com outros olhos.
Para uma professora e estudante (eterna) de filosofia e fotógrafa isso agregou ainda mais o meu ser.
Hoje ainda fotografo moradores de rua, porém tenho uma outra abordagem. primeiramente não os enxergo como miseráveis e muito menos como perdedores. Mesmo com todo aspecto que aos olhos do mundo é muito negativo eu os vejo como grandes vencedores que seguram no dia a dia aquilo que ninguém mais quer segurar ou viver.
Ainda possuo identificação com eles justamente porque a minha abordagem também mudou em relação a mim mesma. Me identifico porque também me sinto (fui e aceitei ser) excluída por muita gente. Só há exclusão quando há incômodo, ou seja, hoje em dia é muito fácil excluir o que nos incomoda, basta "deletar" com um clique por exemplo.
Há uma musica do foo figthers chamada "The pretender" em que há uma passagem que diz:
"Eu sou a voz dentro de sua cabeça que você recusa a ouvir
Eu sou a cara que você tem de encarar, refletido no seu olhar
Eu sou o que resta, Eu sou o que é direito. Eu sou o inimigo
Eu sou a mão que te derruba, que te deixa de joelhos."
E isso traduz muito o que sou, o que represento no mundo e esta questão toda a qual expliquei acima.
Concluindo, eu não fotografo apenas moradores de rua, fotografo a mim mesma, fotografo vencedores e fotografo o que incomoda, enfim, fotografo almas.
=.)
Assinar:
Postagens (Atom)